Educação positiva dos filhos. O que fazer quando os filhos requerem a nossa atenção? Não estamos com disposição, mas é necessário uma atitude positiva.
Quantas vezes acordamos mal dispostos… e quando damos por nós, estamos stressados. E esse stress apodera-se de nós afastando-nos muitas vezes dos que nos são mais queridos: os nossos filhos!
São os mais próximos que acabam por sofrer com o nosso mau humor e com o nosso stress: o marido, a esposa, os colegas de trabalho, os amigos, … mas os que realmente mais sofrem com o nosso mau humor são as crianças. Será que elas têm de sofrer as consequências do nosso estado de alma? Qual a razão pela qual ralhamos com as crianças? Será porque estão mais à mão? Porque elas, como qualquer criança normal e saudável, têm birras, fazem asneiras e disparates! E nós temos que ter disponibilidades para os nossos filhos.
Quando chegamos a casa e não damos a atenção devida ao nosso filho
É normal que a criança seja repreendida e que, como pais, tenhamos de colocar-lhe limites e algumas regras para ensinar-lhe o que ela ainda não sabe. É normal. Mas o que não é normal é descarregar na criança as nossas zangas e frustrações.
A necessidade de colocar regras e limites e de regular o comportamento e o sentir da criança não pode, no entanto, constituir razão para que os pais e educadores descarreguem frustrações, desilusões, angústias, zangas e raiva.
E quantas vezes chegamos a casa, ao fim de um longo e cansativo dia de trabalho, e o nosso filho ou filha vem a correr para nós, com alegria e emoção. Quer um pouco da nossa atenção, quer um pouco do nosso amor e carinho. E nós rompemos com tudo isso e simplesmente dizemos-lhe: cala-te que tive um dia horrível; doí-me terrivelmente a cabeça! Que grande frustração para a criança.
Afinal o que é bom para as nossas crianças? Educação positiva
O fato de termos boas ações faz com que os nossos filhos aprendam connosco e cresçam com isso de forma positiva. Essas atitudes irão contribuir para a construção da sua identidade e personalidade de forma ajustada, quer em geral na forma de estar na vida, quer em particular na forma como se relaciona com os outros.
Uma criança vive no seu mundo, cheio de fantasia e de positividade. Ela ainda acredita na magia das palavras, nas boas ações e em mundos encantados. Dai que os pais, os educadores, e os adultos, que estão à sua volta, devem reforçar essa energia positiva.
Importa salientar que, em contextos familiares funcionais, para uma criança, o pai é, muitas vezes, o seu herói, e quando ele grita com ela, descarregando as suas emoções desajustadas, faz com o que o mundo da criança desabe.
O pai demonstra-lhe, simultaneamente, uma forma desadequando de lidar com a situação, acabando por esse comportamento ficar na aprendizagem da criança. Ela, quando for adulta, tenderá a agir da mesma forma, quando se deparar com a mesma situação.
Contribuir para que os seus filhos sejam uma geração positiva, implica pensar que eles têm o direito de serem felizes. As crianças seguras dos seus afetos e dos afetos dos outros, serão com toda a certeza adultos mais felizes, mais autónomos e também capazes de encontrar soluções e tomar decisões para um mundo melhor. Contribua para a educação positiva dos seus filhos!
Elisabete Condesso / Psicóloga e Psicoterapeuta
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